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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Testemunho de Victor Bueno

“A fé move montanhas”. É o que acredita o Ministro de Louvor da Missão Vida Victor Bueno, que está na fila de espera por um transplante de rins há 12 anos. Victor tem sido um instrumento nas mãos de Deus. Ele compôs o refrão da música profética “Clama Ana”. O louvor cantado nos cultos da Igreja traz uma mensagem de renovo e esperança. Confira a entrevista na íntegra.

Como você se converteu?

Eu me converti já tem uns nove anos. Alex e Alexandre (Alex e Alex), que são meus primos, foram os meus primeiros parentes a se converterem. Eu conheci Jesus através deles. Eles me perturbavam falando: “vamos pra igreja, vamos pra igreja”. Eu nunca tinha entrado numa igreja evangélica. Eu não dava dor de cabeça para minha mãe, fui sempre calmo, não bebi, não fumei, mas era farrista, gostava de baile, gostava de mulher, ainda gosto (risos), mas agora só da minha.

Como conheceu a Missão Vida?

Foi num domingo. Pr. Otoni pregando... Uma menina ministrava o louvor... Até então, eu não sabia o que queria fazer da vida. Mas, quando eu vi aquela pessoa ministrando louvor, aquilo queimou no meu peito, como seu eu falasse assim: “quero fazer isso”. Nesse dia - foi tão louco -, eu me identifiquei com o louvor ‘na cheia’ e, durante a Palavra, parecia que tinham dado ao Pr. Otoni a planta da minha vida. Eu via a igreja toda levantando a mão, o povo chorando, eu pensei: “Eu quero essa fé”. Quando eu acabei de pensar isso, o pastor falou: “você que quer ter a nossa fé, você pode ter a nossa fé”. Aí eu desabei, na hora do apelo eu estava lá na frente igual criança.


Foi pelo amor ou pela dor?

Quando fiquei enfermo eu fiquei muito sensível, precisando de alguma coisa, pois não tinha fé nenhuma, era praticamente ateu, não acreditava em Deus, não gostava de orar, nada disso... Posso dizer que conheci Jesus pela dor. Quando você fica doente, você fica vulnerável, quer ouvir uma palavra de fé, de esperança. Com isso, eu acabei entrando para a igreja, de tanto meus primos insistirem.

Você tem quantos anos de casado?

Tenho sete anos de casado, mas já estamos quinze anos juntos. Eu conheci a Débora na escola, ela tinha 15 anos, eu 16. A nossa sala era uma do lado da outra e a parede era de vidro, eu sentava numa ponta da parede e ela na ponta da outra sala, a gente ficava se olhando, eu jogava meu charme para ela, ela caiu e está comigo até hoje.

O que sua esposa representa para você?

Você quer me fazer chorar? A Débora é meu braço forte, ela me sustenta, me encoraja. As pessoas pensam que sou “o cara”, homem de Deus, eu sei que as pessoas me vêem assim, mas, na verdade, ela que é isso tudo, ela que é a profetiza, a mulher de Deus. Eu sou ‘pequeno’ perto da minha esposa, ela é minha guia, me segura.

Qual seu maior sonho?

É ter saúde e viver bem.

Quando descobriu o problema nos rins?

Com 16 para 17 anos. Eu gostava de sair, de jogar futebol, amava futebol e, de repente, eu comecei a inchar. Corria para os médicos, mas não descobria o que era, até que foi detectada essa enfermidade nos rins. Fiquei internado durante um mês, ainda estava namorando a Débora. Foi aí que descobri que ela realmente me amava, pois ela se internou junto comigo. Eu fiquei um pouco confuso, perdido, para mim você entrava e depois de algum tempo você saía, depois descobri que você só sai dali com um transplante de rins.

É muito difícil encontrar alguém compatível?

Se você tiver alguém na família é mais fácil. Geralmente o doador vivo é a mãe ou o pai, ou filho doando para mãe. Quando o doador é parente, a probabilidade de dar errado é mínima, a não ser que tenha alguma complicação normal de cirurgia. Eu já tive algumas pessoas que quiseram doar para mim, mas não eram meus parentes. E minha mãe não pode doar, tem problema de sangue, meu pai faleceu.

A igreja toda conhece sua história...

Hoje a igreja se envolveu muito com isso. Depois do desabafo do Pastor, no aniversário dele, aquilo moveu o reino espiritual de uma forma impressionante, porque mudou a visão da igreja, mudou a minha visão, meu modo de viver, até minhas condições físicas melhoraram. Tenho certeza que as orações aumentaram, o pessoal viu a gravidade. Depois que o Pastor fez aquilo, tem muitas pessoas querendo doar. Se for da vontade de Deus, o meu primo Alex é o que tem a maior probabilidade de ser o doador por ser meu parente de primeiro grau.

Como você lida com tudo isso?

Deus sempre me prometeu a cura. Eu comecei a entender de um tempo para cá que ela pode vir de duas maneiras, pelo transporte, que já seria um milagre, mas também creio que Deus pode me curar sem eu entrar na mesa de cirurgia. Mas creio que vou ser curado. Já vi mais de cem pessoas morrerem na fila de transplante. Eu sabia que eu era querido pelas pessoas, mas hoje vejo o amor mesmo delas por mim, que nem eu sabia que tinha isso. Acho que Deus queria ver a igreja gritando solta Pedro, solta Pedro, solta Pedro, até Pedro sair. Se vocês estão chorando por Pedro, Pedro vai sair. Eu acho na verdade que Deus estava esperando esse mover que a igreja está fazendo hoje, porque em relação a essa doença, antes, cada um vivia a sua vida (meus amigos, a igreja) e não se davam conta daquilo que eu estava passando, e hoje as pessoas choram por mim.

Como que foi o processo de composição da música ‘Clama Ana’?

Na verdade, eu não compus a música toda, foi uma parceria com o Alexandre. Eu estava no banheiro tomando banho e comecei a cantar “Clama Ana, Samuel vai chegar, chora, implora, gera os seus sonhos no altar...”. Eu saí do banheiro correndo, gritei a Débora, cantei o trecho e peguei o celular para gravar. Engraçado que foi num dia que eu estava abatido, triste, pensado “não aguento mais”. Acabou surgindo esse louvor profético que pegou na igreja. Quando vejo a igreja cantar fico todo bobo, mas eu não sou compositor não, isso foi graça mesmo.